A farmacêutica Pfizer anunciou, na segunda-feira (28), que não pretende submeter sua vacina contra o coronavírus para a avaliação de uso emergencial no Brasil. Ela tem sido usada no Reino Unido, Estados Unidos, México e outros países ao redor do mundo.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, por meio de uma nota, a empresa americana afirmou que a solicitação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para analisar dados específicos sobre o estudo feito em mais de três mil voluntários brasileiros "demanda tempo e avaliações estatísticas específicas". "Outras agências regulatórias que possuem o processo de uso emergencial analisam os dados dos estudos em sua totalidade, sem pedir um recorte para avaliação de populações específicas", justificou a Pfizer em nota.
De acordo com a publicação, a empresa relatou que se reuniu com a Anvisa no dia 14 de dezembro, a fim de compreender o processo de submissão da vacina para uso emergencial e concluiu que o quantitativo de doses e o cronograma exigidos pela agência brasileira só poderiam ser definidos "na celebração do contrato definitivo". "As condições estabelecidas pela agência requerem análises específicas para o Brasil, o que leva mais tempo de preparação", explicou.
Enquanto isso, o Brasil segue sem perspectiva de quando irá iniciar a vacinação. O governo de São Paulo tem um acordo firmado com o laboratório chinês Sinovac para fornecer a vacina Coronavac, que será produzida pelo Instituto Butantan no Brasil. Mas a eficácia da vacina até hoje não foi divulgada e, consequentemente, nenhum pedido foi apresentado à Anvisa.
Outra opção em destaque é a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Astrazeneca. No Brasil, ela será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que também não pretende solicitar o uso emergencial do imunizante. Eles vão entrar com o registro definitivo, que pode ser analisado em até 60 dias pela Anvisa.
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