A queda de um avião de pequeno porte, na tarde de segunda-feira (10), em uma área de difícil acesso do distrito de Cumuruxatiba, na cidade de Prado, no Extremo-sul da Bahia, resultou na morte do empresário mineiro Fredy Antônio Tanos Lopes, de 70 anos. O acidente também deixou ferido o bioquímico e ex-secretário de Saúde de Eunápolis, Mario Gontijo, que pilotava a aeronave.
De acordo com testemunhas, o avião voava baixo antes de atingir uma falésia e explodir. As causas do acidente ainda são desconhecidas e serão investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Fredy Tanos Lopes era empresário do setor de saúde e dono de uma rede de laboratórios em Minas Gerais. Ele teve o corpo carbonizado no acidente. A remoção dos destroços foi realizada por agentes da Brigada de Emergência Voluntária de Cumuruxatiba, que encaminharam o corpo ao Instituto Médico Legal (IML) de Itamaraju, onde passará por necropsia.
Já Mario Gontijo, bioquímico e professor de Medicina, sobreviveu ao impacto e foi resgatado com vida. Inicialmente, ele foi levado de helicóptero ao Hospital Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro, para exames e, em seguida, transferido para um hospital particular em Eunápolis. Os exames de imagem não identificaram fraturas, e seu estado de saúde é considerado estável.
Até o momento, as autoridades não divulgaram informações sobre a rota do voo ou o que pode ter causado a queda da aeronave. O Cenipa ficará responsável pela investigação do caso, analisando fatores como condições meteorológicas, falha mecânica e possíveis erros operacionais.
Moradores da região relataram que, momentos antes da explosão, o avião estava voando muito baixo. A suspeita inicial é de que tenha colidido com uma falésia antes de se incendiar, mas somente a perícia poderá confirmar essa hipótese.
Este é o segundo acidente aéreo registrado em Prado em menos de um mês. Outro avião de pequeno porte caiu na cidade turística, no último dia 19, deixando duas pessoas feridas. Na ocasião, o piloto Rogério Amaral Nascimento sofreu fraturas expostas nas pernas, enquanto o tripulante Jonathan Ramalho de Oliveira teve apenas escoriações leves.
Jonathan relatou que uma pane no motor teria sido a causa do acidente, mas as investigações ainda não foram concluídas. A repetição de ocorrências levanta preocupações sobre a segurança das operações aéreas na região.
Dados do Cenipa mostram que, desde 2015, o Brasil registrou 1.580 acidentes aéreos, sendo 355 ocorrências ligadas a falhas no motor. Isso significa que dois a cada dez acidentes estão relacionados a problemas mecânicos na aeronave, evidenciando a importância da manutenção preventiva e da fiscalização rigorosa no setor aéreo.
A segurança operacional depende de inspeções regulares e do cumprimento de protocolos técnicos, especialmente para aeronaves de pequeno porte, que apresentam maior risco de incidentes devido à menor estrutura regulatória. As investigações de acidentes recentes reforçam a necessidade de medidas mais rigorosas para evitar tragédias nos céus brasileiros.
Um avião de pequeno porte caiu, na manhã da última sexta-feira (7), na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. A aeronave, um Beechcraft King Air F90, havia decolado minutos antes do Aeroporto Campo de Marte com destino a Porto Alegre, mas sofreu uma falha e tentou um pouso de emergência.
O impacto causou uma explosão que atingiu um ônibus na via, deixando dois mortos e dois feridos. Entre as vítimas fatais estavam o advogado Márcio Louzada Carpena e o piloto Gustavo Medeiros. O motorista do ônibus e um motociclista que passava pelo local ficaram feridos e foram socorridos. Equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Aeronáutica investigam as causas do acidente, analisando os destroços da aeronave e buscando identificar possíveis falhas mecânicas ou erros humanos.
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