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Juros elevados freiam o crescimento e comprometem a indústria

Atualmente, a taxa de juros real no Brasil, acima de 8% ao ano, está entre as mais altas do mundo, em um cenário no qual a inflação acumulada em 12 meses está em 4,87%, próxima ao teto da meta.

29/01/2025 às 20h20 Atualizada em 29/01/2025 às 20h21
Por: Redação
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Foto: GCI/ Sistema FIEB
Foto: GCI/ Sistema FIEB

A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) considera que a elevação da taxa Selic para 13,25% pelo Copom representa um aperto monetário excessivo, que dificulta a recuperação econômica e impõe desafios adicionais ao setor produtivo. O nível elevado da taxa de juros desestimula investimentos, reduz a competitividade da indústria e impacta negativamente a geração de emprego e renda. Atualmente, a taxa de juros real no Brasil, acima de 8% ao ano, está entre as mais altas do mundo, em um cenário no qual a inflação acumulada em 12 meses está em 4,87%, próxima ao teto da meta.

Diante desse contexto, a política fiscal tem papel essencial na criação de um ambiente favorável à redução dos juros. O Governo Federal anunciou no final do ano passado medidas para controlar os gastos públicos com impacto de redução de R$ 30,5 bilhões em 2025 e R$ 41,2 bilhões em 2026, reforçando o novo arcabouço fiscal e promovendo maior alinhamento entre as políticas fiscal e monetária. O compromisso com o equilíbrio das contas públicas contribui para a queda das expectativas de inflação e reduz a necessidade de taxas de juros elevadas para controle inflacionário, criando condições para um ciclo de crescimento sustentável.

Enquanto o Brasil mantém uma política monetária restritiva, bancos centrais de países desenvolvidos adotam estratégias mais equilibradas. O Federal Reserve manteve suas taxas inalteradas, e o Banco Central Europeu iniciou um movimento de redução, reconhecendo a necessidade de estimular o crescimento econômico. Esse contraste evidencia o impacto negativo da alta taxa Selic no Brasil sobre a atividade produtiva, o mercado de trabalho e o poder de compra da população.

A FIEB reforça a necessidade de uma reavaliação da política monetária, com a início de um processo gradual de redução da Selic, de forma coordenada com o ajuste fiscal. Uma política de juros mais equilibrada, aliada a um compromisso firme com a responsabilidade fiscal, é essencial para impulsionar os investimentos, fortalecer a competitividade da indústria e enfrentar os desafios socioeconômicos do país.

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