Recentemente, a cantora Gretchen realizou uma cirurgia para a retirada do útero devido ao diagnóstico de adenomiose. A doença é caracterizada pela presença do endométrio, o tecido que reveste a cavidade uterina, na parede do órgão. Os principais sintomas da condição são cólicas menstruais e aumento do fluxo menstrual, por isso, muitas vezes são confundidos ou “normalizados”. É por isso que existe a Campanha Abril Roxo, que durante o mês em questão, busca conscientizar a população sobre o problema.
Os principais indicativos da enfermidade, segundo o médico ginecologista, especialista em endometriose e cirurgia minimamente invasiva, Alexandre Amaral, são cólicas intensas, menstruação prolongada, dor na lombar e eliminação de coágulos na menstruação. “Entretanto, cerca de um terço das mulheres com adenomiose não apresenta sintomas, o que atrasa o diagnóstico quando não há um acompanhamento ginecológico adequado. A detecção precoce é fundamental para proporcionar oportunidades mais favoráveis para o tratamento”, indica.
O médico explica que a histerectomia (cirurgia de retirada do útero) é considerada o padrão ouro para tratar a adenomiose. “No entanto, para mulheres que desejam preservar a fertilidade e evitar a remoção do útero, existem opções mais conservadoras que podem ser indicadas a partir da avaliação do quadro clínico da paciente. Estas opções incluem o tratamento com medicamentos hormonais e, em alguns casos, o uso de medicamentos específicos, como análogos do gene Rh”.
Alexandre também destaca que a adenomiose é uma doença que costuma afetar mais mulheres com idade entre 40 e 50 anos, contudo, tem se apresentado cada vez mais em pacientes mais novas. “Por isso, é importante estar atenta aos sinais do próprio corpo e buscar acompanhamento ginecológico regular para atuar de forma preventiva. A adenomiose pode ser assintomática e estar associada a outras condições ginecológicas, como miomas, pólipos e endometriose”, diz Alexandre.
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